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“Pico da neblina”: 5 curiosidades sobre a série
Conversamos com o elenco sobre o processo criativo, mundo da cannabis e preconceitos
Você já pensou como seria o Brasil se a maconha fosse legalizada? Pois é essa a narrativa da série No pico da neblina, da HBO Max. A trama gira em torno do jovem traficante paulistano, Biriba (Luis Navarro), que decide deixar para trás a vida do crime e usar seus conhecimentos para vender o produto dentro da lei junto com um sócio investidor pouco experiente, Vini (Daniel Furlan).
A partir daí ele tem que lidar com o peso e as pressões do seu passado do tráfico, ligado a seu amigo Salim (Henrique Santana), e as inúmeras armadilhas do mundo dos negócios. Ao longo dos episódios, o público acompanha o despertar da economia pós-legalização e como a cultura canábica passa a integrar o cotidiano dos brasileiros, apesar da resistência de alas mais conservadoras da sociedade.
Quem quer acompanhar os novos desafios, já pode ver o começo da segunda temporada na plataforma, que lança episódios semanalmente. Os dilemas dessa vez são outros: Biriba vê todos os aspectos de sua vida dominados por CD (Dexter), uma vez que o líder do tráfico tomou controle não apenas de sua família, mas também de sua loja de cannabis. Ao se ver sugado novamente para o mundo do crime, o protagonista se alia a velhos conhecidos em uma tentativa arriscada de articular a queda de CD e sair desse mundo de uma vez por todas. Acompanhamos o lançamento e compilamos abaixo cinco curiosidades sobre a série.
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Mais drama
“A segunda temporada vai mais fundo nos dramas dos personagens. Além disso, a gente continua traçando esse estado de imaginação de como seria essa legalização no Brasil”, diz Quico Meirelles, diretor geral de Pico da Neblina. “Também fomos mais fundo na questão do racismo estrutural do país e como ele impacta cada um dos personagens.”
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Da ficção para a realidade
Ao conhecer o universo da cannabis, a atriz Leilah Moreno – que vive a Kelly, irmã do protagonista Biriba – ingressou no ramo de cosméticos não só na série, mas também na vida real. “Fui estudar e entender a importância que a planta tem não só para curar doenças, mas também para o bem-estar. O óleo passou a fazer parte da minha vida, de fato”, conta. “Hoje já tenho uma marca de cosméticos veganos feitos a partir da cannabis.”
Preparação intensa
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Melhor amigo de Biriba, Salim (Henrique Santana) gerencia uma das biqueiras no bairro onde ambos vivem. Para esta temporada, sua preparação foi mais intensa, revela o ator. “Ele amadurece muito e fica muito sozinho. Gravamos num período em que minha vida estava 100% sol e felicidade, mas usei ele até como forma de terapia”, revela. “O personagem foi fruto de uma observação muito atenciosa de pessoas ao meu redor e de diferentes visões de mundo.”
Legalização e classes sociais
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O tema legalização vem cheio de tabus mas, mesmo assim, a maconha é amplamente acessada pelas classes mais altas. Para Henrique, essa é uma forma de legalização para quem tem privilégios, já que quem é de classes mais altas não sofre represálias. “O que é utópico não é a legalização em si, mas uma sociedade que dá acesso para outras pessoas empreenderem nesse mercado e a possibilidade de pessoas pretas andarem na rua com maconha sem serem presas.”
Diversidade na equipe
Durante a conversa, Leilah também comentou que ela se sentiu muito confortável em fazer a personagem porque trabalhou com uma equipe diversa. “É importante para nós enquanto atores trabalhar com pessoas que tem a ver com a gente. Na hora de fazer o cabelo, pessoas pretas fazem o cabelo dos atores pretos e isso é muito legal”, afirma. “A gente tem que exigir isso em todos os trabalhos. Alguém que vive o que nós vivemos está nos acompanhando e isso é essencial”
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